segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Tantas saudades eu tô sentindo...

Hoje o dia está nublado e acordei meio “assim” sei lá... molenga, com saudades... Uuuuuuuuuma saudade. Mas, uma saudade daquilo que eu sei que não vou ter mais perto de mim, que se foi e isso chega a me doer. Não tive um dia bom, mas, ruim também não foi! Simplesmente meu dia passou, meu corpo parece que não está suportando as ‘pancadas’ de 2013. Sinto-me sucumbir, presa aos problemas... Angústia talvez seja a palavra certa para usar. COM O PASSAR DO TEMPO VOU CRIAR UMA ‘ABA’ AQUI, QUE VAI SERVIR DE ESPAÇO E VOCÊS ENTENDERÃO OS ‘PORQUÊS’. Só sei dizer que 2013 foi um ano horrível na história da minha vida: sustos, perdas irreparáveis, tristezas, portas de empregos fechadas, recebi as piores notícias, me magoei com pessoas que acreditei que eram ‘de verdade’, planos sendo retraçados, falhados ... Mil decepções!  ENFIM...

Dia 25 de outubro Deus resolveu levar o meu tio Daniel – irmão caçula da minha mãe. Ele já estava há 35 dias internado, sendo 25 no CTI em estado gravíssimo. O coração dele simplesmente parou. Assim como um bebê se torna sensível quando nasce e vai pra incubadora, desse jeito estava meu tio (suscetível e com várias complicações).
Minha cara na hora que recebi a notícia? Forte como uma rocha dando suporte pra minha tia Miriam - que desabou e segurou essa barra por longos dias e anos - pros meus tios e pra vovó. Por dentro tentei digerir a informação e fomos agilizar essa questão de sepultamento.  1 Rivotril de 2mg  + 2 comprimidos de Seakalm. Foram “pintos”... Não dormi. Hibernei! Cheguei em casa e desabei porque eu não sou de ferro e Mulher Maravilha não existe! Sou guerreira, dura, forte, não choro na frente dos outros... Mas, desmoronei!

Hoje me lembro com carinho do Daniel que no meio da sua ‘maluquês’ alternava ‘lucidez’ e me ensinava coisas do tipo: escrever com uma linda caligrafia (a dele era incomparável), me ensinou a desenhar casinha, bonecos, árvores e beija-flor. Me ensinou a amar os animais, a gostar de gatos e plantas. Além de ter me dado muita mamadeira (de vidro), depois chupeta e me colocava no colo inúmeras vezes para dormir do jeito dele – cantando hinos do Álvaro Tito.
Como eu o amei – disse isso a ele poucas vezes. Eu gostava mesmo quando ele 'se encrespava' pro meu lado, porque aí sim eu sabia que ele estava 'no normal' dele. Na verdade, eu também sentia pena de ver a situação dele piorando ao longo dos anos, afinal de contas ele era um paciente psiquiátrico. Quantas vezes eu entrava e saia mal pra pedir pra Deus sanar a mente dele. É muito ruim ver uma pessoa envelhecer desta forma! Chega a ser deprimente!  Era “engraçado” vê-lo gargalhar “do nada”... Ai que saudade do meu tio! Quando ele estava para entrar em crise, eu viajava no mundo dele e é tanta história engraçada que nossa família se recorda!
Daniel, meu tio, eu sei que você descansou, porque a situação estava horrível, mas, Deus te colocou no colo e te levou pra morar com Ele e cantar naquele lindo coral (ele sempre dizia que ia morar no Céu com o Senhor Jesus). O Deus que eu sirvo diz que nem os loucos errarão o caminho dos céus e isso muito me conforta. Eternas saudades!